Lisboa testa ferramenta inovadora para redução de resíduos
Lisboa vai testar um modelo de tarifação de resíduos PAYT – pague-apenas-o-que-deita fora. O sistema, fomenta a recolha seletiva e pretende “reduzir os custos com a recolha e tratamento de resíduos por parte das autarquias, contribuindo para a sustentabilidade económica”.
O lançamento do projeto LIFE PAYT – Uma ferramenta para reduzir os resíduos no Sul da Europa, teve hoje lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho, em Lisboa.
Para Victor Vieira, da Higiene Urbana do município de Lisboa, a Câmara viu neste projeto “uma boa janela de oportunidade”, a que “manifestou interesse em aderir desde o início”. Lisboa, informou, tem já aprovado o Plano Municipal de Gestão de Resíduos, com áreas e objetivos coincidentes: a modernização tecnológica, o estabelecimento de parcerias com outras autarquias, e o aumento de eficácia e sustentabilidade ambiental. Com “pouca taxa de esforço”, concluiu, “estava tudo conjugado para aderir a este projeto”.
Em Lisboa, a área de intervenção vai envolver cerca de 300 produtores, correspondendo a um valor superior a 1100 L por dia. Cada contentor individual será identificado com um chip RFID, sendo igualmente entregue a cada utilizador um cartão de identificação para acesso a contentores públicos. Através de um portal web, informa a coordenação do projeto, será possivel consultar a produção de resíduos e obter dados para a faturação.
O consórcio é liderado pelo Politécnico de Coimbra e inclui mais sete parceiros: Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal de Aveiro, Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, Universidade de Aveiro, Câmara Municipal de Larnaka (Chipre), Câmara Municipal de Vrilissia (Grécia) e Universidade Técnica Nacional de Atenas (Grécia).
Nos próximos três anos, o projeto – cofinanciado pelo programa LIFE da União Europeia com um orçamento de € 2.517.571 – visa “desenvolver metodologias que possam depois ser exportadas para regiões similares na Europa”.
Notícia original publicada pela Câmara Municipal de Lisboa.
